Passamos por uma grande transformação no comércio digital nos últimos meses, com o crescimento do e-commerce e a presença de pequenos e médios negócios no universo online. Ao mesmo tempo, o consumidor passou a adotar novos hábitos de compra e meios de pagamento, priorizando os canais digitais. Entender esse cenário é fundamental para preparar seu negócio para as datas de fim de ano, principalmente para a Black Friday.
Uma pesquisa da Cybersource em parceria com a PYMNTS, realizada neste ano, aponta para importantes tendências na indústria nacional, em comparação com outros mercados do mundo. Mais de 33% dos consumidores no Brasil demonstraram aumento na preferência por canais de compra digitais. Identificou-se também um crescimento de 36% no uso de dispositivos móveis para efetuar transações desde o início da pandemia.
Basicamente, temos o desafio de equilibrar uma equação composta de três elementos: os riscos inerentes do processo de venda, o índice de aprovação e, por fim, seu custo operacional para garantir uma experiência fluida e segura. Não adianta, por exemplo, rejeitar muitos pedidos a fim de reduzir o nível de chargeback. Afinal, você pode perder bons clientes. Por outro lado, aprovar tudo sem verificações incorre no risco de aumentar o chargeback. Tudo isso faz parte de uma estratégia que chamamos de gerenciamento de fraudes.
Você possui uma estrutura adequada para atender ao volume de demandas típico dessa época? Conta com ferramentas antifraudes robustas ou trabalha com um parceiro que as fornece? Neste artigo, pretendo destacar alguns pontos de atenção e dar dicas de como garantir a segurança e aprimorar os processos de conversão e pós-venda. Mas antes disso, é importante entender a importância de ter uma solução antifraude operando o quanto antes. Se você tiver um e-commerce e ainda não tiver uma solução de segurança, esse é o momento para correr atrás disso.
1. Revisões manuais
Mesmo com um sistema antifraude robusto, que toma decisões automáticas baseadas numa série de critérios, um percentual de transações de determinados segmentos ainda exige revisão manual para serem efetivadas. São aquelas que o sistema identifica como suspeitas e recomendam a checagem feita por um analista.
No cenário de Black Friday, em que os e-commerce tendem a vender duas ou três vezes mais, é preciso se preparar para evitar um aumento excessivo de revisões manuais, onerando a operação com a contratação de equipes externas, treinamentos, tempo de resposta e outros custos. A dica é ajustar as regras automáticas para reduzir a quantidade de revisões manuais, especialmente para clientes com bom histórico, produtos e localidades de entrega com menor risco.
2. Clientes valiosos merecem experiências de compra mais fluidas
Oferecer um tratamento especial aos consumidores mais recorrentes pode ser uma estratégia eficaz na alta temporada. Use os dados e relacionamentos anteriores para listar seus clientes fiéis, avisando à solução antifraude que eles são confiáveis. Dessa forma, você agiliza o processo de verificação deles, evita a passagem pela revisão manual e garante a sua satisfação.
É possível, por exemplo, abastecer o sistema de segurança com dados como nome, e-mail, dispositivo, localização, endereço de entrega e data da última compra. Mas fique atento para as invasões de conta, ou seja, as ações de fraudadores que se passam por outra pessoa para tentar enganar o sistema. Vamos falar mais sobre esses ataques abaixo.