O poder das redes I – A importância do efeito de rede
São Paulo, novembro de 2022 – O espaço digital está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, ou seja, vivemos numa sociedade em rede, uma forma de organização social possibilitada pelo surgimento das tecnologias de informação. Baseia-se em redes operadas por essas tecnologias que geram, processam e distribuem informação a partir de conhecimentos acumulados nos nós dessas redes. Uma rede é um conjunto de nós, elementos constantemente interconectados que permitem o fluxo da informação. Celulares e computadores são nós. Em uma rede social, as pessoas são os nós. Os sites são um nó formado por vários nós e a Internet, portanto, é uma rede de redes.
Uma das características mais destacadas dessa forma de organização social é o crescimento exponencial de um conceito muito mais antigo, o efeito de rede, que pode ser definido como o impacto que a quantidade de usuários tem sobre o valor de um bem ou serviço. O telefone é um ótimo exemplo. Quando começou a ser explorado comercialmente, nas primeiras décadas do século passado, o dispositivo conectava um número muito reduzido de pessoas e não solucionava plenamente as necessidades de comunicação da maioria delas. Com o passar dos anos, o número de usuários foi aumentando e o telefone se tornou imprescindível: seu efeito de rede cresceu exponencialmente.
Mas nem sempre isso acontece. Num passado recente, as operadores de celular no Brasil cobravam preços significativamente mais altos para ligações feitas a clientes de outras operadoras. O efeito de rede era pequeno e só ganhou escala quando essa multiplicidade de preços acabou, quando as redes de telefonia celular finalmente se integraram para valer.A disputa entre as redes sociais MySpace e Facebook mostra muito bem a importância do efeito de rede. O case foi estudado por Geoffrey Parker, Marshall W. Van Alstyne e Sangeet Paul Choudary no livro “Plataforma: A Revolução da Estratégia” (São Paulo: HSM, 2016).
O MySpace surgiu em 2004, adotando um modelo fechado, em que a própria empresa desenvolvia suas soluções. Já o Facebook, lançado cerca de dois anos depois, não demorou a escolher a estratégia oposta, um modelo aberto, incentivando desenvolvedores externos “ponto com” a criarem soluções na plataforma, aumentando o alcance e a acessibilidade desta. Fazia sentido, pois o valor da plataforma para um usuário é dado pela quantidade de usuários do outro lado da rede fornecendo mais oportunidades de interações. Apesar de ter ultrapassado a marca de 300 milhões de usuários em todo o mundo, o MySpace mudou tarde demais para o modelo aberto e não conseguiu aproveitar o efeito de rede, pois os usuários já estavam perdendo o interesse pela plataforma, migrando para o Facebook. Em suma: as pessoas tendem a usar um serviço à medida que outras pessoas já o utilizam.
A estratégia acertada do Facebook criou uma vantagem competitiva que mantém a rede social na liderança até hoje. É o chamado winner-takes-most, em que o vencedor varre os concorrentes e se torna dominante no mercado. Quanto mais possibilidades uma rede oferecer aos usuários, mais relevante ela será.Além do Facebook, outras empresas muito significativas atualmente, como Google, PayPal, Airbnb, eBay e Uber, por exemplo, devem muito do seu sucesso ao efeito de rede.
O mercado de cartões de crédito também se beneficia desse efeito. Quanto mais lojas aceitam uma determinada bandeira, mais praticidade para os consumidores. E quando mais consumidores tiverem cartões dessa bandeira, mais clientes em potencial para as lojas. Todos ganham. Presente em mais de 200 países e territórios, com 3,9 bilhões de credenciais de pagamento, a Visa gera um considerável efeito de rede. No próximo capítulo abordarei a evolução das redes, que estão se interconectando em plataformas multilaterais, descomplicando o nosso dia a dia.
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