Um passo à frente
Na virada do ano 2010, não se poderia prever os impactos do boom do e-commerce. As transações ocorriam majoritariamente em lojas físicas e o comércio online era restrito a uma fatia bem pequena de todas as vendas do varejo. Com a popularização do acesso à internet, o cenário se modificou de tal forma que o comércio eletrônico teve um crescimento de 12% em vendas online no primeiro semestre de 2019, segundo a E-bit.
Olhando aquele momento no retrovisor, acreditávamos que os pagamentos online teriam um papel fundamental para o sucesso das transações. Seria necessário oferecer ferramentas eficazes para garantir a segurança de consumidores e das empresas, tornando a experiência de compra confiável e fluida, além de aumentar o índice de conversões de venda.
Antevendo a evolução do comércio digital, investimos, em 2010, na aquisição da CyberSource, uma das empresas de tecnologia pioneiras nos serviços de gerenciamentos de fraudes e pagamentos online. A plataforma baseada na nuvem da CyberSource garantia aos estabelecimentos comerciais digitais acesso a serviços de processamento de pagamentos bem como outros serviços de valor agregado, como antifraude e de segurança, todos facilmente acessíveis por interfaces de programação de aplicativos (APIs) e capazes de se conectar à loja física e aos sistemas de ponto de venda que suportam essas transações.
Quase uma década depois, o desafio é outro. Em um primeiro momento, as empresas queriam apenas estar na internet, criando diferentes canais de e-commerce que eram gerenciados independentemente de suas operações físicas e, muitas vezes, com relacionamentos separados com credenciadores. Contudo, os consumidores se desapontavam ao vivenciar experiências tão contrastantes no comércio online e offline. Para eles, a empresa era vista como uma única entidade que oferecia múltiplos canais de compra como lojas físicas, sites, aplicativos e redes sociais.
Hoje, empresas e consumidores querem a integração completa dos canais de vendas, físicos e virtuais, no conceito conhecido como omnichannel. É justamente o que constatamos em nossos estudos: 94% dos varejistas relatam que o atendimento omnichannel é uma das principais prioridades de sua empresa; 58% dos compradores dizem que encomendaram online e compraram na loja; e 37% dos clientes fazem compras adicionais na loja quando obtêm suas compras online.
Para se antecipar a essa tendência, adquirimos a PayWorks em julho, especializada no pagamento para pontos de venda. O objetivo é integrar totalmente as soluções de processamento baseadas na nuvem PayWorks à plataforma de gerenciamento de pagamentos digitais da CyberSource, simplificando a complexidade das transações e oferecendo a experiência de comércio unificado. A capacidade integrada entre os canais do CyberSource e PayWorks está em atividade nos Estados Unidos, Reino Unido e França e o intuito é expandi-la globalmente.
Acompanhando as mudanças ocorridas na última década, percebemos que a internet não estava transformando apenas o ecossistema de pagamentos, mas promovendo uma verdadeira revolução digital no comércio. As compras realizadas nas plataformas virtuais vieram somar novas possibilidades de realizar transações, tanto para empresas como também para consumidores. As transformações devem ser cada vez mais rápidas, ditadas pelo aumento da velocidade da internet. E para se antecipar às novas tendências, será preciso ter os olhos no futuro.